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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Você de novo.

Não tinha rima mais nenhuma, até que me apareceu você, mais uma vez, pra eu saber o que rimar. Mas acabou num instante, todos os versos bem distantes silentes, pedantes, destonantes. Teria para a vida inteira, talvez, mas que seriam essas estrofes, o que falariam mais, além de você? Cansaria, cansarias, cansariam, então tudo foi embora, e só ficaram palavras pobres, tristes, repetidas, assim como esses dias, que assim serão. Até que venha outro tema, não tão forte, talvez você de novo, ou a saudade de você, ou a vontade de não te querer... e o que é isso tudo, senão você?

Mesmo caminho.

Segui esse caminho de novo. Sem olhar para trás, porque já sei de cor o que tem nele, em cada pedacinho dessa estrada. No final, virei a cabeça e vi o tanto que tinha andado, tanto que não dava mais para voltar. E fui para o mesmo lugar aonde prometi não estar mais. Estive e soube que não devia mesmo ter ido. Se eu já sabia que o caminho era torto, por que é que eu queria ficar surpresa quando a linha deixou de ser reta? Ia acompanhada durante esse trajeto, suas mãos nas minhas, seus olhos meus, até que eu esqueci de cuidar para não ir por ali, descumpri minha promessa e fui mais uma vez por aquele caminho sem volta. Com você, porque meus olhos fecham. Depois que você me deixou sozinha no fim da estrada,  eu quis chorar e me odiar, aliás, eu chorei e me odiei. Porque eu nunca sei, nunca consigo aceitar o fato de, depois de tantos passos dados, lado a lado, você querer ir sozinho e de eu querer morrer por estar, de novo, só, mesmo que eu saiba que, passado um pedaço, quando a trilha foi