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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Ai, coração.

Acho engraçado meu coração batendo assim descompassado e querendo ser contido ao mesmo tempo, coitado nem pode bater direito, porque eu não deixo. Acho bonito quando ele bate assim meio maluco, apertado, batucando alto, querendo sair rasgando a pele, e eu segurando. Ai, ai, coração, tenta ficar quieto por aí mesmo, já é muita dor você batendo aí dentro, se sair, eu não aguento não.

Nada disso vai mudar.

Eu acho que, às vezes, nós escondemos de nós mesmos as verdades que não queremos ver. Enfiamos dentro de nós as mágoas que não queremos sentir, guardamos na alma a tristeza que sabemos que não vamos conseguir suportar. Como se tudo fosse fazer um bem maior ficando dentro. Acumulando, acumulando, os dissabores, as amarguras, deixando intocado o que não queremos ver. Mas está bem na nossa frente. Eu acho que a gente devia conseguir enxergar. E enfrentar. E não ficar choramingando de um lado pro outro, uma lágrima aqui, outra ali. E não ficar remoendo, vendo a vida passar e querendo mudar o que sempre, comprovadamente, vai ser a mesma coisa. Mas por que só olhamos para os lados esperando uma resposta que nós já sabemos, só não conseguimos aceitar? E deixamos passar diversas outras perguntas, porque achamos que, pela eternidade, só queremos aquela resposta.  Mesmo que estejamos mentindo para nós mesmos. Só por medo de encarar a verdade.  Eu acho que a gente devia mesmo era olhar para dentr

Tantas palavras.

Às vezes, o silêncio se torna um vazio insuportável. Nenhuma razão para que os dias terminem ou comecem aparece. Nenhum sopro de completude. Uma palavra indefinida bastaria, mas as horas passam... Nem o pôr do sol faz diferença Ou o nascer da lua. Os pássaros não cantam. A mente não se permite pensar Bloqueando a passagem Querendo que outras coisas venham. Tudo estanque Num palco mudo. Preto e branco. Nem um tom sépia pra misturar. Cada segundo vai-se tornando minuto sem que ninguém compreenda O motivo de se aglutinarem Um a um Até serem sessenta. Menos as palavras. Ficam contidas. Esparramadas no peito. Tantas palavras. Mas é inexplicável o porquê De só formarem silêncio.