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Meu amor.

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Dê bom dia para as flores, meu amor , que você fez desabrochar. Que eu reguei todo dia, e guardei uma de lembrança dentro de um livro. Vem aqui para perto de mim, me abraçar com seus braços fortes. Acaricia meus sonhos com teu amor, e enche meu peito com tua alma pensadora. Canta uma música pra mim, que eu tenho vontade de viver. Diz uma história sem fim, e afasta toda a minha tristeza. Atura minha alma, preenche o meu ser. Não deixa nunca mais que eu seja sozinha.

Debaixo do tapete.

Fingir é esconder perpetuamente a causa. Esconder debaixo do tapete a sujeira, porque não se quis pegar uma pá, quando seria tão mais lógico, já que continua tudo ainda muito sujo, só acumulando em outro lugar. Mas eis que é tão necessário, vez em quando, agir desses modos. A gente sabe que não se pode ir mostrando tudo de uma vez, ou mesmo aos pouquinhos, deve-se demorar. Até quando? Quem foi que disse mesmo? Ou pegar um utensílio e ficar varrendo pó para dentro dele, pois que tão mais conveniente é só esconder e pronto. Alguém viu? E se o fingimento vira a realidade, sem nem perceber? Ou se é tarde demais para parar de fingir? O que dizer quando virem todo o lixo ali junto? Ainda dá para varrer, ou agora o tapete está sujo também? E mandam lavá-lo. E não faça mais isso, moça. Tem jeito, então, só ter preguiça e não buscar a pá. Problema é aquele outro de que falei primeiro... quando não tem como reverter, e a causa ficou tão bem escondida, de propósito, que até se perdeu, sem querer

Desastre.

Às vezes, parecia que queria sumir, aliás, queria mesmo. Longe, que não descobrissem. Mas estranho. Amava aquelas pessoas de quem queria fugir, só que a situação pediu fuga. Um lugar perdido, mundo afora, milhas distante desse lugar vazio. Queria, também, fugir de si mesmo. Procurar refúgio longe de seus próprios passos. Ficava preso, rodando em círculos, fugindo da própria sombra, de quem tinha medo...Não restava nada, então. Nem os outros nem ele. Era preciso ir embora logo, descobrir esse lugar onde coubesse tamanho desastre.

Palavras vazias.

Mas tudo fez falta e ainda faz. Aquela angústia que ia acabar não foi embora. O medo de sempre sofrer continuou ali. As palavras que dissera a si mesma eram ainda mais vazias. Persistiam as lágrimas antes de sonhar. E voltava a tristeza ao começo quando deveria ser fim.

Não chore não...

Calma, pequena criança, o mundo é assim, verá, embora já veja, então, pois, saberá, parece que já sabe... tão pouco corpo pra tanta coisa. Não fique assim, que não são merecidas tuas lágrimas, porque só deveria sorrir. Nunca vi sorriso mais bonito, queria eu nunca vê-lo fora de sua boca. Mas a vida é assim... Sorria, pequeno amor, entenderá que tudo passa, até essa confusão na sua cabeça. Me dê um beijo, que eu te amo daqui até o infinito indo e voltando, mesmo que nem entenda o que é finito... Um abraço, não chore não, que teu choro é o meu, mas não sou tão forte quanto você não.

Escutava.

Mas então, com o copo de cerveja na mão, disse-me, do modo trôpego de sempre, aquelas palavras que eu cansara de ouvir mas que meus ouvidos acolheram bem pois queriam tanto ser escutadas... Quis acalentar o pranto que parecia vir com elas embalar no meu peito fazer carinho e passar a mão na cabeça, mas ouvi. O coração doeu, falou assim, usando até sentido figurado A situação não vai bem, eu pensei, mas calei. Porque isso é o que eu faço de melhor na vida. Quis chorar e tomar um pouco da dor pra mim mas talvez já doía muito em mim, por isso eu concordava com cada palavra. Coitado, foi o que eu achei, com aquela cara de cansado desse viver de dia após dia, de desencontrar, de desamar... Mas sentada estava, ali fiquei, nem chorei como eu queria nem disse que tudo ia ficar bem nem dei um abraço forte. Olhei para os seus olhos que podiam até estar derramando lágrimas agora mas sabia que machuca mais por dentro quando o choro fica preso. Sabia da sua dor, compree