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Mostrando postagens de abril, 2010
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E o mundo desabou sobre a cabeça dela. Um mundo pesado, imagine quantas coisas existem neste nosso mundo. Montanhas, ferro, pedras, pessoas.. Tudo sobre sua cabeça. Não, ela não era tão forte assim para suportar. As lágrimas caíam como se fossem o próprio não suportar daquele peso, ininterruptamente. Rosto inchado, o mundo esmagando-o. Guardanapos molhados, olhares curiosos e penosos. Num bar,o mundo caiu num bar. Quem dera fosse no seu quarto, quem dera ele pudesse desabar depois, quando estivesse com a cara enfiada no travesseiro. Seria suportável. Ainda bem que havia alguém para que ela dividisse o peso. Ainda assim, era muito pesado. E, mesmo chegando em casa, mesmo com a cara enfiada tão fortemente no travesseiro, e mesmo encharcando o lençol de lágrimas, ainda pesava muito.O mundo dela. O mundo dela caiu. No dela, não havia peso de coisas concretas, mas de sentimentos. Sentimentos pesam mais quando caem em cima da sua cabeça.

Filosofia - de vida.

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No período naturalista,cosmológico,pré-socrático,enfim,como queira chamá-lo, existiu um filósofo chamado Anaximandro de Mileto (ele não é parente do Tales dos teoremas,só foi-talvez-discípulo e eram da mesma cidade-Mileto). As preocupações daquele período eram sobre,digamos assim,a origem do universo. Eles inventaram um nome,precisamente,foi o Anaximandro que começou a chamar de princípio,ou,mais lindamente,arché. O Tales dizia que esse princípio era a água,porque a água está presente em tudo,tudo é úmido , fulaninho dizia que era o ar (ainda não cheguei nesse,por isso,não sei qual foi),cicraninho,o num sei o que.. Só sei que o nosso querido Anax. disse que o infinito(apéiron) era o princípio, a quantidade infinita da matéria. E ele falou de uma tal de separação : A substância infinita é animada por um eterno movimento,em virtude do qual se separam dela os contrários, resumidamente ,mais ou menos assim. Ora,se não é disso que o mundo é feito,de uma constante separação. Claro que é! A

descobrindo..

Depois de muito tempo,de se perguntar os motivos de ele ter sumido,ter-se afastado ..depois de divagar,de por em prática todo o seu conhecimento de mundo,sua experiência de vida,que,mesmo pequena,era relevante,de pensar,de usar todos os seus neurônios para achar uma razão satisfatória para ele tê-la deixado de lado,tê-la esquecido como se esquece uma roupa velha no fundo da gaveta..depois de tempos tentando entender,dar uma resposta a ela mesma,para que ela se sentisse melhor,para que não se sentisse como aquela velha roupa,para que não guardasse para sempre o triste sentimento de desprezo dentro do seu coração,já tão cheio de outros tristes sentimentos,enfim,depois de um longo período de coração apertado,de ferida aberta,de mente povoada de milhares de pontos de interrogação,ela conseguiu perceber. De um modo tão banal,tão ridículo. Na aula de Psicologia : “O indivíduo percebe de acordo com suas expectativas.” MINHAS expectativas,não as dele. “Ilusão = interpretação errônea da reali