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Mostrando postagens de janeiro, 2016

Um abraço.

Quando eu poderia morrer no meio de um abraço, apertado, cheirando a uma antiga lembrança que a memória ficou a guardar. Quando eu dormiria assim, abraçada, em pé, de olhos fechados. Quando eu ficaria uma eternidade, de manhã até a noite, esperando o fim desse abraço, que nunca iria acabar. Quando eu não queria esse abraço, mas a melhor coisa que eu fiz foi te abraçar.

Pequenas grandes vitórias.

Algumas vitórias não são as mesmas se você não tem um sorrisinho banguela para se abrir quando souber delas. Como não tem o mesmo gosto a comida às duas da tarde. Ou a mesma saciedade a água quente quando você vem do meio do sol. Toda a diferença faz na alegria da alma em não ter uma voz a contar na rua que você teve um pequeno sucesso que parece ser tão grande a ponto de provocar essa falação nos mercados. Tanta falta faz, mesmo com tantos outros sorrisos e parabéns, com tantas outras pessoas dizendo boa sorte, se não tem aquela ligação no dia antes e no dia depois da agonia a perguntar como foi, se deu mesmo dessa vez. Quando a gente perde alguém assim, nossas alegrias nunca voltam a ser as mesmas e, mesmo que pareçam maiores, ficam tão pequenas e chegam a perder um pouco do sentido, porque tudo que se quer é contar para alguém que não está aqui.