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Mostrando postagens de agosto, 2012

O Vento levou.

Mas fiquei sem palavras, o Vento levou. Calei-me à beira da estrada, esperando que meus cabelos voassem novamente. Sentei-me no acostamento, sem medo de que não me vissem ali. Passaram jumentos, mas não me olharam, pessoas, mas nem resmungaram. E voltou o ar em movimento, levando-me dali. Permaneci, todavia, com aquela mudez, sustando os pensamentos, toda vez que eles vinham. E forçada. Deveria calar. Aquilo não era, porém, natural. Ficava a barreira, apertando as coisas, não deixando ser livre que nem o vento que as trouxe. E assim era, mas vinha, de quando em quando, aquele anseio de gritar.