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Feliz Ano Novo!

Pensei em escrever alguma coisa, sonhei com algumas palavras, mas aí achei uma coisa que eu teria escrito também ( se eu fosse o Dummond). Eis : RECEITA DE ANO NOVO Para você ganhar belíssimo Ano Novo  cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,  Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido  (mal vivido talvez ou sem sentido)  para você ganhar um ano  não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,  mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;  novo  até no coração das coisas menos percebidas  (a começar pelo seu interior)  novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,  mas com ele se come, se passeia,  se ama, se compreende, se trabalha,  você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,  não precisa expedir nem receber mensagens  (planta recebe mensagens?  passa telegrama?).  Não precisa  fazer lista de boas intenções  para arquivá-las na gaveta.  Não precisa chorar de arrependido  pelas besteiras consumadas  nem parvamente acreditar  que por decreto da esperança  a

O ano termina...

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Fim de ano é sempre aquela coisa não é? Mil planos pro ano novo, a gente fica avaliando o que fez de errado, o que aprendeu, o quanto cresceu no ano que passou. E todo ano é a mesma coisa, pelo menos desde que eu comecei a ter capacidade pra entender que à meia-noite dia 31 de dezembro acontecem muitas coisas. E que não é como uma mágica, deu meia-noite, e a gente virou outra pessoa, mas que é um processo, e que dura o ano todo. Essa questão de ano eu acho que é só um marco temporal, uma coisa que criaram pra gente se organizar, pra sabermos nos encontrar no tempo, pra recomeçarmos uma nova vida, quem sabe. Pra sermos diferentes. 2010 foi um ano marcante pra mim. Aconteceu tanta coisa que não caberia em um post, nem em canto nenhum, nem eu lembraria ou conseguiria contar tudo. Nem ia querer contar! Acho que foi assim O ano da mudança. Tudo que aconteceu comigo me fez crescer, me fez aprender muita muita coisa. Eu vou ficar eternamente grata a este ano. Grata por tudo que eu vivi, por

com orgulho e com sorriso.

Então parou de chorar, enxugou as lágrimas e decidiu-se por ir à luta. Não, não deixaria essa chance passar. Agarraria com unhas e dentes. Porque eram poucas as coisas das quais ela tinha certeza. E essa era uma delas. Não perderia. E fez tudo o que pôde, e fez até mais do que podia. E mais do que devia, e mais do que esperava dela mesma que fizesse. Mas fez e ficou orgulhosa do que tinha feito. Porque sempre desistia no começo, porque sempre era pessimista e porque nunca arriscava. E havia dado o seu melhor. Mesmo que não conseguisse, dessa vez, não se arrependeria. Não olharia pra trás, não pediria silêncio, não choraria um rio de lágrimas. Bateu no lado esquerdo do peito e ficou feliz por ter dado ouvidos ao seu coração, ficou aliviada por ter feito, uma vez na vida, o que tinha vontade. Sem ouvir conselhos e sermões, sem pensar nas consequências, ignorando a razão.

sonho.

Como se eu tivesse sonhando, e acordasse sem acreditar que tinha sido sonho. E sonhasse sem acreditar que era realidade. Sem conseguir saber se era sonhou ou se era real. Se era verdade ou se era mentira. Se era mesmo tudo ou se não era nada. Como se tivesse naquela névoa de sonho, e eu não pudesse entrar lá e mudar alguma coisa. Eu só podia olhar. E querer que fosse verdade e querer que fosse só sonho mesmo. Mas aí era real. Ou não era? Eu acordei e não descobri. E fiquei sonhando... acordada.

Espera.

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Então sentou na grama molhada e esperou em silêncio, ouvindo o canto dos pássaros. Esperou sem pressa, deitou-se e ficou arrancando a grama, sentindo a terra nos dedos, limpou-os no vestido florido e esperou mais. Esperou uma hora, duas horas, três horas. Sentiu-se só e começou a se sentir desesperada. Já era quase noite,mas não aparecera nenhuma estrela ainda. Esperaria que aparecesse uma estrela, sempre fazia um pedido pra primeira estrela que aparecia no céu. E esperou. Como sempre esperava. E achou que pudesse esperar pra sempre, mas a noite caiu, e ela sentiu medo. Medo de ficar pra sempre só, medo de que não aparecesse nenhuma estrela. E não apareceu. Esperou que ele fosse, esperou com todo o amor do mundo nas mãos. Pra dar quando ele chegasse. Esperou com o sorriso mais feliz, com a paixão mais intensa. E ele não foi. Levantou-se, não olhou pra trás e foi embora. Não fez mais pedido a estrelas, nem confiou a elas suas promessas. Não esperou por ninguém nunca mais.

e eu.

E eu que vou ficar aqui depois. Com essa angústia me sufocando. Com essa dor na alma. Eu que vou me encolher na cama e me enrolar dos pés à cabeça. Eu que vou sentir falta.

prefiro um talvez.

Um desconhecido. Uma romântica. - E, então, que sentimentos você tem por ele? - Saudade. Carinho. Amor. - Seus olhos brilham! - Meu coração palpita. - E o que sentes? - Vontade de correr e abraçá-lo. Um abraço de não te vejo há muito tempo, não te tenho há muito tempo. Mais ainda. Um abraço de não te tive, mas sempre quis. - E ele diria o que? - Ele estranharia. E olharia torto. E me abraçaria por educação. E compartilharia minha felicidade, por simples vontade de ver meu sorriso, porque não é todo dia que se vê um sorriso verdadeiro, mas só isso. O que me desperta, não o desperta. O que nutro, ele não alimenta em si. O que quero, ele não quer. O que sonho, não o faz sorrir dormindo. O que penso, não passa em sua cabeça. É quase utópico esse sentimento. - E talvez perceberia. - E talvez rejeitaria. - Nunca terás certeza. Talvez aceitaria. - Prefiro um talvez. Prefiro uma dúvida à certeza de um não. Prefiro especular e continuar sonhando e planejando. Prefiro uma ilusão a um

o enem.

Já passei dessa fase de vestibular, e por isso eu sei o quanto é difícil e desgastante a preparação pra enfrentá-lo. Um ano ou mais de estudo, aquela bitolação, aquele nervosimo, tudo pra conseguir passar e entrar na faculdade. Nós,estudantes, sabemos que não é fácil e que, quando acaba, parece que a gente tirou uma tonelada das costas. Aí você vai, faz a prova para a qual se preparou tanto. Pensa que acabou, e vem uma coisa totalmente sem noção : acham que vão anulá-la. ã? como assim anular o meu vestibular? E toda aquela coisa de fazer de novo, de estudar de novo, de revisar o que você já viu umas 50 vezes! Dá vontade de explodir. E eu sei que ainda não anularam o Enem, mas e daí. O problema não é que anulem ou que não anulem, ou que façam outra prova. O problema é que eles não estão nem aí pros estudantes. Ah, você passou 10 meses numa cadeira estudando feito louco pra passar, ficou de bunda dormente, de mão dormente de escrever, sonhou com a prova todos os dias, ficou nervoso, ch

um espaço entre nós.

Eu aqui. Você aí. Eu querendo estar aí. Um espaço entre nós.

fugir por aí,

Fugir por aí Eu e você Pro mar, pro céu Sem que ninguém saiba, sem que ninguém julgue, sem que ninguém veja. Eu te levo De barco, de avião, nos meus braços Eu te espero De malas prontas, de coração aberto.

partida de futebol.

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Tá bom, vai, eu entendi porque as pessoas gostam tanto de futebol. Porque elas vão ao estádio! Eu sempre quis ir, mas nunca ninguém(meu pai) quis me levar, ai decidi ir só, não só(eu e eu), fui com uns amigos. E eu adorei. De verdade . Tipo quando eu adoro e quero ir de novo. Sempre. Tipo próximo jogo. É muito interessante. Aquele lugar imenso, aquele monte de gente. Muita gente, muita! E aquele campo tão verde e lindo. Eu  pensei que fosse um lugar grande,mas é muito maior. Dá vontade de correr pro meio do campo. Agora virou um dos meus sonhos estar um dia no campo. É estranho mesmo. E acho que ninguém vai saber se não for,obviamente. Se alguém perguntar se assistir jogo em estádio é bom, eu vou dizer quem é tri-bom. Que vá. Que grite, que se abrace com desconhecidos e comemore com eles. Que grite nomes recém-descobertos de jogadores, que ganhe roxos nas canelas de se tacar nas cadeiras. Que seja feliz! Foi um dos dias mais felizes da minha vida. Eu me senti realizada. Acho que por

e esqueça.

Vi num filme: Coloque-o no topo da sua lista de preces. Peça pela sua felicidade,peça que viva bem. E esqueça. - Meu Deus,eu peço que ele seja feliz,peço que o Senhor olhe por ele, que instrua seus passos,que o coloque no caminho certo,que o abençoe. E peço que o tire da minha cabeça,que não deixe que se impregne no meu coração. Que o Senhor me ajude a esquecer, me ajude a seguir em frente.Porque vês o quanto eu fico aqui estagnada,há tantos dias esperando uma resposta,uma luz. O quanto eu fico achando que tudo ainda vai dar certo,que tudo vai ser como eu quero. Meu Deus, o Senhor sabe mais que ninguém o quanto eu quero isso. Se não vai ser assim, tire-o daqui. Não me negue sua ajuda. Não é que eu queria esquecer. É que eu preciso. E que ele seja feliz e esteja bem e que, quando for pra querer alguém pra ele,que seja uma pessoa que o queira tanto quanto eu quero. Boa noite. E que eu esqueça. Por favor.

luto.

Era uma vez uma família pobre. Mãe,pai,alguns filhos,uns 7 filhos. A mãe morreu. O pai era irresponsável. Eles não tinham onde morar e moravam junto com outra família - também pobre e cheia de filhos. Era uma vez uma mulher do coração bom e grande, que quis ajudar e construiu,com a ajuda de uns amigos, uma casa pra eles morarem. E eles não foram morar lá. E ninguém sabia o porquê. Até que descobriram. Descobriram que usavam a casa pra outras coisas - relacionadas a drogas e a crimes. E que fedia. Fedia à morte. Porque alguém morto estava lá. Enterrado. Essa mulher é minha mãe, e essa família existe. E eles são mesmo muito pobres,assim como muitas pessoas que moram perto deles. Aquela pobreza de pé no chão e cabeça coçando com piolho no cabelo. Aquela pobreza de olhos tristes e de corpo sujo. Aquela pobreza de não ter o que comer e de não ter em que comer. De não saber ler,escrever,falar,ouvir,olhar... Aquela pobreza que não deveria mais existir,mas que existe. Eu conheço desde

tanto amor.

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É que eu tenho tanto amor pra dar. E ninguém pra receber. É que eu guardo tanto esse amor dentro do meu peito,não guardo trancado a sete chaves ou em um cofre com senha. Guardo aqui,bem à mostra,bem fácil de se ver. E não é que eu goste que ele fiquei guardado,é só que não me restam muitas opções. Já quis que ele fosse de alguém,outro alguém já quis que fosse dele. Mas nunca pude tirá-lo daqui. Por isso,não ache estranho que eu seja sentimental ou romântica ou,até mesmo,sonhadora. É só um reflexo... Do que eu tenho por dentro. Talvez,eu nunca ache alguém pra compartilhar esse sentimento,talvez,eu ache pra dar só metade,só um pouco... talvez,eu ache logo,daqui a um dia,ou um ano... essas coisas não costumam estar na esquina. Penso que existe alguém por aí,que precisa dele,que precisa de mim. E eu sei que é um pensamento ingênuo,mas não custa nada acreditar nisso. Por enquanto,eu vou mantendo tudo aqui perto de mim,vou guardando, vai aumentando cada vez mais. E,quem sabe, quando eu sent

Eu vou contigo.

Diga sempre o que sente. Não se permita deixar palavras perdidas, reprimidas, pesando dentro de você. Presas na garganta, formigando na boca. Diga. E fique arrependido. Mas diga. Me arrependo - de não ter dito.

estou abandonando...

Essa eterna tentativa de salvar. Salvar QUEM? essa eterna busca de um reencontro, de um re-amor, de uma re- amizade. Estou abandonando-a... Talvez, nem seja abandonar. Não vai fazer diferença. Falei hoje : - Vou parar de lutar. E esta sou eu,largando as armas, tirando a armadura, deixando o campo de batalha. Perdendo,quem sabe... Mas e quando é que eu ia ganhar?  Não quero mais pagar o preço por saber. Onde está o peso que eu sentia sobre os meus ombros? Oh,é verdade,tirei minha armadura. Sinto ainda um pequeno desconforto. De culpa. Por que? Não sei. Culpa sem fundamento - como sempre. Sinto-me bem agora,leve... como se eu pudesse até voar...

o tempo

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O tempo, disse-me um conselho, cura tudo. Só com o tempo vai passar... ... Tempo... ... Passou o tempo... ... Não vai passar?

faço até pacto de sangue,prometo

Uma confusão só toda na minha cabeça pobre cabeça não suporta só Uma bagunça só no meu pobre coração ele não aguenta só Falo falo e essa bagunça não diminui Tento tento e esses nós não se desfazem Ai,meu Deus, eu rezo e peço que desfaça esses nós,Nossa Senhora que os desfaça de uma vez que eu prometo nunca mais eu vou atá-los de novo Dessa vez, prometo de verdade prometo de coração dou minha palavra que se desfaça essa bagunça que eu não a faço mais não.

um coração.

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Eu queria saber o que fazer com meu coração quando ele fica assim. Assim apertadinho,batendo fraquinho,tão sem força,como se quisesse morrer. Eu queria tirá-lo  do peito e guardar em outro canto,só por enquanto,só até que ele se recupere. Ai depois eu colocava de volta,mas só quando ele tivesse vontade de bater bem forte. Eu queria ser mais forte. Queria não ligar para o que acontece,queria achar que era só mais uma decepção e que as coisas vão passar logo,assim como já passaram tantas outras vezes... Mas não. Vem essa fraqueza e me arrasta pro fundo,bem pro fundo. E me deixa sem escolhas. Eu queria fazer um pedido, queria que hoje fosse meu aniversário, e eu pudesse fazer um pedido ao assoprar as velinhas.E eu pediria a oportunidade de escolher. De escolher não ficar abalada com essas coisas bobas,de escolher ser menos sentimental,queria poder escolher ter um coração de pedra, tão forte quanto uma. Mas foram me dar um coração fraquinho assim.. e foram colocar dentro de mim um sentimen

sapos são de verdade.

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Sabe o que me dói? Saber que eu fiz   tudo isso sozinha. Eu comigo mesma. Eu e eu. Eu quis entender errado,eu quis me iludir,eu quis me apaixonar,eu quis ver uma coisa onde não existia nada. Eu. Agora,quando, em minhas preces,eu peço pra que tudo isso acabe, mais do que nunca,fico olhando pro passado,como se olhar pra alguma coisa pudesse fazer com que ele mudasse. Eu olho e vejo tudo que eu fiz de errado,tudo que eu vi de errado,tudo que eu poderia ter feito. O que passou, eu não posso mudar. Mas o que vai vir, eu posso. Mais que isso,eu devo. Porque eu pensei que isso me fazia bem,que era bom que eu tivesse alguém em quem pensar,alguém pra ser meu par romântico nos meus sonhos e nos meus planos. Eu achei que podia ficar sozinha com meu mundo de fantasia. Só por enquanto,depois,tudo vai dar certo,tudo vai ser real. Por enquanto até quando? Não perdi a paciência,perdi a esperança. Eu cansei de querer viver sozinha com um mundo de ilusão que eu criei. Eu gosto dele,gosto desse mundo,tal

uma coisa.

Eu queria algo pra dizer,mas não consegui escrever nada nesses últimos dias. Algo relevante. Só consigo escrever sobre uma coisa,se eu escrever.. não posso escrever. Quero deixar esse novo "blog", e quero dizer que acho que não vou mais ter orkut,tava pensando que eu não preciso dele,que posso sobreviver e perco meu tempo lá e naquela fazenda do facebook. Tenho planos pra deixá-los aos poucos,porque também não consigo abandonar de vez.. mas,enfim,vou escrever algo um dia,mas estou me sentindo mal pelo vazio de inspiração,talvez seja reflexo do vazio,do próprio vazio. Isso passa,já passou. Um dia,eu acordo inspirada. Pois,então,enquanto não chega esse dia,fico neste :  http://melinearagao.tumblr.com/ Sim,exclui mesmo meu formspring,mas nesse tumblr,que,se por acaso,alguém quiser que eu fale,falar mesmo,eu não vou saber como se fala esse nome,lá nesse coiso tem uma ferramenta de perguntas,tipo a mesma coisa do forms. Saudade daqui,queria poder escrever sem levar em conta as

Invictus

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Eu assisti ao filme Invictus ontem, que é muito bom, mas melhor do filme é o poema,que tem nome igual ao do filme e foi escrito pelo poeta inglês Henley, do qual, confesso, eu nunca tinha ouvido falar. De qualquer forma, é uma das coisas mais bonitas que eu já li. E acho que não pode existir poema melhor no mundo que exprima a vida do Mandela. E eu também acho que todo mundo devia assistir, nem que seja só à parte que o Matt Damon (o capitão do time de rugby da África do Sul) vai aonde o Nelson ficou preso por 27 anos e fica olhando para o pano no chão sem colchão em que ele dormia e para as pedreiras(tipo umas pedreiras,não sei se são) onde ele trabalhava, e ele percebe que, mesmo depois daquilo tudo, Mandela saiu pronto para perdoar todo mundo e tentar mudar o país. Nessa hora que passa o poema, que era lido sempre pelo Nelson para superar as dificuldades. Pois é, se o filme queria passar uma mensagem, pra mim, foi passada. A mensagem, eu acredito que seja o próprio poema: So

?

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Como é que a vida pode ser assim? Como é que pode ser interrompida desse jeito? No começo da vida,vem o destino e pá,acaba com ela. Será mesmo destino? E o que é que a gente chama de destino? Se o destino é feito por Deus,como é que ele quer que alguém morra sem sentido? E eu não quero dizer que ele faz algo sem sentido,mas que eu não consigo entender. "Ela jantou aqui comigo segunda-feira e,hoje está morta", a mulher me disse chorando. Ela quis se divertir e,hoje,está morta. Ela teve pressa e,hoje,está morta. Eu não a conheço,mas,hoje, ela está morta. E quem é que deixa de se sensibilizar quando uma pessoa de 23 anos morre? Quando é uma flor ao amanhecer,que,com os raios de sol,começa a se abrir. Agora,me responde,por que o sol parou de incidir sobre ela? Por que um poste entrou no caminho dela quando ela voltava do jogo do Brasil,tinha tido vontade de esquecer um pouco as decepções.. Por que bateu na cabeça dela e quebrou o crânio dela e por que ela morreu? Diz pra mim com

Olhe aqui.

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Chega mais perto e me olha bem dentro dos meus olhos. Alcança minha alma,capta minha essência com esse olhar. E perceba o quanto ela é ávida por você,o quanto ela procura por sua alma,o quanto ela quer estar perto de você mais e mais. Olha como minha alma sonha com você,só pensa em você desde muito tempo e só quer você. Ela não se acha em outras,só na sua. Não quer ter outras,só se atrai pela sua,é sugada pela sua,como se quisesse sair pela minha boca e ir ao encontro da sua. Veja meus olhos,mas veja com vontade de entender. Olha como eles brilham ao te ver,como eles parecem não estar por aqui,mas em outro planeta,no seu planeta. Quando eu olho nos seus olhos,parece que vou me afogar,que a correnteza me puxa e me leva pra dentro desse mar,que me arrasta bem pro fundo,e de lá eu não consigo mais sair. Olha e percebe,é tão fácil perceber... Se meu sorriso aparece instantaneamente,se minhas mãos procuram um lugar pra se esconder,se eu procuro um motivo pra não me entregar. Mas,se você qu

parei de pensar.

Sabe que,quando uma coisa ruim acontece,quando você quer chorar,gritar,correr e,principalmente,fugir,mas você não tem tempo pra parar e pensar,não tem espaço pra correr,nem ouvidos pra gritar,nem ombros pra chorar,nem lugar pra fugir. Quando isso acontece,é melhor que você não tenha. É melhor que você tenha tantas coisas pra fazer,tantos problemas pra resolver,tantas outros gritos pra ouvir,tantas outras coisas em que pensar. Quando tudo acontece de uma vez,que você não se dá conta,que você não percebe,que a ficha não cai,é muito melhor não poder pensar. Não ter como parar e pensar no que é ruim,na falta que alguém te faz,na raiva que você tem de alguém,na vontade que você tem de sair ajeitando tudo,de consertar os erros dos outros,de brigar,de exigir uma solução. Mas você não pode,porque não pode. Porque você cansou de tentar fazer isso,cansou de ficar vagando pela casa e lembrando e pensando e tentando dar um jeito em tudo. Sabe que existem coisas que você não pode arrumar? Existem

de novo...?

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Engraçado como, quando ela queria esquecer alguém, tentava colocar na cabeça uma imagem ruim da pessoa. Se ele tinha 9 qualidades e um defeito, ela começava a querer olhar só pro defeito, a falar só do defeito. Sim,ela sabia que não ia conseguir daquele jeito,que só ia esquecer com o tempo e se fosse mesmo pra ela esquecer,mas era um modo de agilizar, de tentar aplacar o aperto no peito,de apagá-lo dos sonhos,da memória,dos olhos,da sua vida. Ela ia fingindo acreditar que ele não era tão legal quanto parecia nem tão inteligente nem tão bonito nem tão tudo que ela gostava. Pensava só que ele era comum,que não tinha nada de mais. Mas aí,quando olhava pra ele,quando ele falava,ela se convencia que ele era tudo aquilo que ela sabia que ele era. E se pegava pensando de novo nele,sonhando com ele,amando-o -sozinha. E, de novo,ela tentava esquecer ,pensava nos defeitos,queria tanto que eles superassem as qualidades... Sempre nesse dilema. Será que ela se entregava de vez e de novo ou esquecia
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E o mundo desabou sobre a cabeça dela. Um mundo pesado, imagine quantas coisas existem neste nosso mundo. Montanhas, ferro, pedras, pessoas.. Tudo sobre sua cabeça. Não, ela não era tão forte assim para suportar. As lágrimas caíam como se fossem o próprio não suportar daquele peso, ininterruptamente. Rosto inchado, o mundo esmagando-o. Guardanapos molhados, olhares curiosos e penosos. Num bar,o mundo caiu num bar. Quem dera fosse no seu quarto, quem dera ele pudesse desabar depois, quando estivesse com a cara enfiada no travesseiro. Seria suportável. Ainda bem que havia alguém para que ela dividisse o peso. Ainda assim, era muito pesado. E, mesmo chegando em casa, mesmo com a cara enfiada tão fortemente no travesseiro, e mesmo encharcando o lençol de lágrimas, ainda pesava muito.O mundo dela. O mundo dela caiu. No dela, não havia peso de coisas concretas, mas de sentimentos. Sentimentos pesam mais quando caem em cima da sua cabeça.

Filosofia - de vida.

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No período naturalista,cosmológico,pré-socrático,enfim,como queira chamá-lo, existiu um filósofo chamado Anaximandro de Mileto (ele não é parente do Tales dos teoremas,só foi-talvez-discípulo e eram da mesma cidade-Mileto). As preocupações daquele período eram sobre,digamos assim,a origem do universo. Eles inventaram um nome,precisamente,foi o Anaximandro que começou a chamar de princípio,ou,mais lindamente,arché. O Tales dizia que esse princípio era a água,porque a água está presente em tudo,tudo é úmido , fulaninho dizia que era o ar (ainda não cheguei nesse,por isso,não sei qual foi),cicraninho,o num sei o que.. Só sei que o nosso querido Anax. disse que o infinito(apéiron) era o princípio, a quantidade infinita da matéria. E ele falou de uma tal de separação : A substância infinita é animada por um eterno movimento,em virtude do qual se separam dela os contrários, resumidamente ,mais ou menos assim. Ora,se não é disso que o mundo é feito,de uma constante separação. Claro que é! A

descobrindo..

Depois de muito tempo,de se perguntar os motivos de ele ter sumido,ter-se afastado ..depois de divagar,de por em prática todo o seu conhecimento de mundo,sua experiência de vida,que,mesmo pequena,era relevante,de pensar,de usar todos os seus neurônios para achar uma razão satisfatória para ele tê-la deixado de lado,tê-la esquecido como se esquece uma roupa velha no fundo da gaveta..depois de tempos tentando entender,dar uma resposta a ela mesma,para que ela se sentisse melhor,para que não se sentisse como aquela velha roupa,para que não guardasse para sempre o triste sentimento de desprezo dentro do seu coração,já tão cheio de outros tristes sentimentos,enfim,depois de um longo período de coração apertado,de ferida aberta,de mente povoada de milhares de pontos de interrogação,ela conseguiu perceber. De um modo tão banal,tão ridículo. Na aula de Psicologia : “O indivíduo percebe de acordo com suas expectativas.” MINHAS expectativas,não as dele. “Ilusão = interpretação errônea da reali

o último.

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Marcelo acordou com uma sensação diferente,com um pensamento novo,com uma nova opinião sobre seu namoro. Ultimamente,ele e Vanessa estavam brigando muito. Todos os dias,ao ir pegá-la, uma nova briga. Tantas vezes, começavam a discutir por causa de besteiras. Ele era culpado também de iniciar a briga,ele admitia que era responsável pela forma desagradável como aqueles dias passavam. Ela não brigaria sozinha se ele soubesse contornar a situação, ela não ficaria falando sozinha se ele buscasse um modo de fazê-la parar de falar. Mas não,ele continuava a arranjar motivos,mesmo que de modo inconsciente,para que eles brigassem. Não ligava,dormia muito,tratava Vanessa diferentemente do normal,às vezes,até falava com ela de modo grosseiro ou com má vontade. Ele a amava e sabia disso há muito tempo,desde passados alguns meses de namoro. Sabia que ela o amava também e,acima de tudo,preocupava-se demais com ela,com o que fazer para que ela não ficasse magoada e para que ela sempre se lembrasse d

sobre minha impressão.

É costumeiro as pessoas me conhecerem e dizerem que eu sou tão caladinha, tenho voz de criança, falo baixo, e, por isso, acharem que eu sou quietinha, santinha ou coisa e tal. Tímida, eu sou mesmo, quietinha, quando acho que devo ser, mas não sou sempre quieta ou calada, depende da situação, se eu não conheço ninguém, como é que vou ficar falando o tempo todo? às vezes,não me sinto à vontade de falar tudo nem pras minhas melhores amigas, avalie se vou falar alto e muito com pessoas que nunca vi, que me são estranhas.. Santinha,eu não sou nem quero ser, muito menos passar essa imagem. Eu não sei se são todos, mas a maioria fala isso, tem essa primeira impressão de mim. Óbvio, que isso acontece no âmbito escolar ou, atualmente, na universidade. Em festas, locais mais movimentados, acredito que essa não seja a impressão que eu passe. Enfim, devido à essa primeira impressão, as pessoas, depois de me conhecerem ou então quando me veem em um local mais "agitado" acham que eu sou

oi.

Bom,acho que eu precisava disso. Gosto de escrever (apesar de não fazê-lo muito bem) e gosto,principalmente,de desabafar. Às vezes,amigos não estão presentes ou não nos satisfazem o bastante.. Faz muito bem pra mim expor os meus sentimentos,não pra o mundo todo,mas de uma forma que eu possa me sentir aliviada. Não sou muito boa em guardá-los,depois eles afloram de maneira um pouco desagradável. É bom que eu os coloque pra fora enquanto é tempo. Também não acho que muita gente vá ler,aliás,duvido muito que pelo menos uma pessoa leia. "O silêncio que resta de dentro pra fora." Esse é o nome inicial do blog. Primeiro,porque eu procurei pelo quarto um nome legal. Vi o texto na revista e gostei dessa parte. O texto é baseado num trecho escrito pela Clarice Lispector: " Minha força está na solidão.Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas,pois eu também sou o escuro da noite." Aí, a autora do texto,Adriana Lisboa,quis falar,de certo modo,so