Tantas palavras.


Às vezes, o silêncio se torna um vazio insuportável.
Nenhuma razão para que os dias terminem ou comecem aparece.
Nenhum sopro de completude.
Uma palavra indefinida bastaria, mas as horas passam...
Nem o pôr do sol faz diferença
Ou o nascer da lua.
Os pássaros não cantam.
A mente não se permite pensar
Bloqueando a passagem
Querendo que outras coisas venham.
Tudo estanque
Num palco mudo.
Preto e branco.
Nem um tom sépia pra misturar.
Cada segundo vai-se tornando minuto sem que ninguém compreenda
O motivo de se aglutinarem
Um a um
Até serem sessenta.
Menos as palavras.
Ficam contidas.
Esparramadas no peito.
Tantas palavras.
Mas é inexplicável o porquê
De só formarem silêncio.

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