Mar de lágrimas.

Chorar era uma das coisas que eu fazia de melhor.
Encher meu corpo com a tristeza que jorrava dos meus olhos.
Afogar-me no rio que era eu mesma.
Eu perdia o ar, respirava, afundava de novo...
...num oceano tão profundo que parecia não ter fim.
Depois flutuava, boiando nas ondas.
A correnteza eu deixava que me levasse.
E caiam gotas de chuva do meu rosto
e doíam na minha pele.
Mesmo enrugada, ainda sentia.
Até que o sol viesse secar, mais tarde um pouco...
...ou nem viesse, e eu ficasse ali
nadando no meu próprio mar.

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