Chuva.

Todos fugiam da chuva embaixo de todas as suas capas, mas saiu correndo no meio da rua, pisando nas poças d'água, abrindo os braços para sentir os pingos que caiam do céu.
Todos os dias, todos eram presos em suas próprias vidas, mas saiu livre, rodando e cantando. 
Todas as horas, todos reclamavam da chuva, que não passava, mas sentou no chão da calçada e ficou contando quantas gotas caiam por minuto, até se perder... 
Todo o tempo, todos só queriam continuar a viver, mas sentiu a água molhando o rosto e não quis voltar para a vida, melhor era sentir a chuva.

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